dimarts, 31 de març del 2015

Serpa

Ah, que náo sei dizer a maravilha
Que embruxa Serpa à noite, quando ronda
Seus muros o Passado um côro, em onda,
Espuma e quebra às portas de Sevilha


Mário Beirâo







dissabte, 28 de març del 2015

Vernazza

Riviere

Bastano pochi stocchi d’erbaspada
Penduli da un ciglione
Sul delirio del mare


Eugenio Montale






dimecres, 25 de març del 2015

Cacela Velha

Quando a aurora chega
Dorme e guarda como avaro o seu perfume
Quando cai a Noite,
espalha-o e exalta-o

Ibn Darraj al-Qastalli
Poeta nascut a Cacela Velha (958-1030)





diumenge, 22 de març del 2015

Illa de Moskenesoya

Fragment de l’havanera. Mare vull ser pescador

Mare vull ser pescador
no m’ho privis dolça mare
ja sé amb quanta buidor
et deixà la mort del pare.


Antònia Vilàs







dijous, 19 de març del 2015

Querença

Quero um amor pra conduzir meu coração
Numa canção de apaixonar meu bem querer
Que viva o amor e saiba me deixar viver
Quero um querer que não se perca sem razão

Bia Marinho


 

dilluns, 16 de març del 2015

Nossa Senhora da Roca

L’ermita sembla fer equilibris sobre un esperó rocós que es va degradant mica en mica per causa de l’erosió. De fet quan el varem visitar havia acabat de patir una esllavissada que s’havia endut una bona part del mur de contenció. Tot fa pensar que sense una actuació decidida de l’administració, la capella i el penya-segat acabaran per desaparèixer.
 






divendres, 13 de març del 2015

Mértola


Adeus, ó vila de Mértola,
És o meu acabamento, 
És a causa de eu não ver 
Meu amor há muito tempo 
  
Adeus, ó vila de Mértola, 
Onde a palma reverdece! 
Quem tem amores 
É porque não nos merece.




dimarts, 10 de març del 2015

Tavira

Saudades da minha terra (Fragment)

Quem dos céus da minha terra / Não viu o límpido azul,
Quem da sua verde serra / Não viu nunca as rasteirinhas
Áureas, argenteas florinhas / Sorrindo à brisa do sul;

Sebastião Martins Philippes Estacio da Veiga




dissabte, 7 de març del 2015

Menhirs a Portugal

El títol pot semblar estrany. Quan sentim a parlar d’aquestes pedres que és mantenen en posició vertical des de fa milers d’anys, solem situar-les a Bretanya, Escòcia o a Irlanda. Doncs als confins de la península Iberica també n’hi ha forces i son tan espectaculars com els del nord.
Si us agraden, recomano que també mireu aquest post. 
http://joanrigoarnavat.blogspot.com.es/2014/03/os-almendres-aquest-conjunt-esal-mig.html

Cromeleque do Xerez

Menhir de Bulhoa

Cromeleque do Xerez

dimarts, 3 de març del 2015

Monsaraz

Inverno, manhã cedo. A luz que banha
A paisagem é gélida e cinzenta;
A vaga pompa do cenário ostenta
Ao largo, as serras húmidas de Espanha.
Hortas, vinhedos, e a carcaça estranha
De Monsaraz, numa ascensão violenta;
A erva tenrinha os pastos apascenta,
Que em tons de bronze a terra desentranha.
E eu olho a paisagem dolorida,
Testemunha que foi da minha vida,
Povoada agora de visões errantes…
Eu olho-a e dentro da minha alma afago-a,
Que os seus olhos longínquos, rasos de água,
São hoje os mesmos que me olharam dantes.


António Macedo Papança